sábado, outubro 29, 2011

teu modo de amar


Bebi de amargos goles daquela bebida chamada ausência, ausência de ser, ouvir, de ver – sentir. Bebi das tuas faltas. Peito vazio; a saudade era como uma farpa no dedo, incômoda, árdua. Faz de conta que não doía, faz de conta que não chorara.  Cada parte, cada partícula de mim sabe a dor de seguir em frente, sozinha, solitária, alone. Sem porquês, para quês, como, você some, não responde e-mails, não liga, dizem que disse que vem me ver,  NADA. Dizem por dizer que você me quer. Você diz por ai que me ama. _ Eu te amo. Quão interessante é essa maneira de amar, aliás, nunca é do jeito que deveria ser, quando na verdade não ha modos para o amor.  

sábado, agosto 20, 2011

Eu

              
Eu o liquidifica-dor das paixões preparei uma receita nova. Criei novos sabores um misto de doce, amargo, seco. Degustei e vi que precisava de um “quê” a mais, acrescentei gelo. Tomei tudo com uma dose de infelicidade e solidão a qual se tornou um vício.  Não ousei partilhá-la, fui eu que ousei fazê-la, tenho o direito de desfrutar e atrevimento a descrevê-la: superficialmente bela, dolorosamente fria, saborosamente ousada.

quarta-feira, agosto 17, 2011


     
Dia pós dia tentando levar adiante essa minha insegurança e passar por esse meu medo... Seja bom ou ruim, vou levar até onde eu conseguir, "empurrando com a barriga", prosseguir, persistir, dê o nome que quiser, seja lá como for, é difícil, somos frágeis, mas somos livres. 

Quanto tempo dura?
Se eu não conseguir? 
Se for mais um engano? 
Se eu não te encontrar? 
Como vai ser?

Ah destino te peço, haja o reencontro seja pra cuidar, amar, reescrever a história, ou pelo menos pôr um ponto final pra que possamos seguir em frente sem que a consciência pese, os olhos vazem e o travesseiro molhe. 

E se nada disso for, sinto muito que não tenha sido.
Hellen Barreto e Matheus Santana 

domingo, julho 10, 2011

Um gosto de despedida



                   

Sabe... Chega até a ser engraçado, todos os dias houveram encontros e despedidas. Mas hoje, especialmente hoje, me despedir de você foi diferente de todos os outros dias, talvez a diferença encontra-se na certeza do reencontro. Pois mesmo que brigássemos, que eu te mandasse ir embora, me recusasse a recebê-lo você voltaria e estaríamos ali sentados no mesmo lugar, do teu modo, a meu gosto. Hoje o que eu senti foi diferente. Sensações, angústia e incompreensões, uma compreensão: já não há certezas. Se ainda irei te encontrar? Não sei ao certo, mas de uma coisa eu sei "o que tem de ser, tem muita força". Foi muito bom te mostrar meu mundo, meu modo, jeitos. Foi, é, e sempre será muito bom estar contigo. Eu não sei como seria ter você de novo , mas eu quero mais , quero muito, muito mais de mim, de você, de nós .

Cheiro de vida, gosto de despedida : prazer reencontrá-lo

sábado, maio 21, 2011

Menino ...




Menino, menino, seja moço, homem feito, humano e imperfeito. Escrevi, escrevo sobre ti, palavras mal-ditas, sem sentir, sem sentido. Eu te sorri, fiz promessas que não cumpri. Num segundo os meus olhos fechados alcançaram os teus, olhos de espera. Vejo teu olhar na tela, um olhar que congela, fita, me leva a qualquer canto que for e no azul to teu olho eu viro água, viro flor. Eu viajo, navego, sigo, eu corro léguas e léguas, não importa a distancia, eu te encontro, encanto-me e te conto que um conto não é tudo, é preciso toque, um retoque na casa, na cara, um sorriso, batom vermelho, um cheiro que agrada.

sexta-feira, maio 13, 2011

Ps: tua menina



   
Casos e descaso. Por acaso o amor passou, ficou . Um sabor, sabida, minha vida está contida em outra vida, sirva-se, sinta-se a vontade, pise, repudie, faça assim segundo tua vontade, maldade me querer tão longe se estou perto, o que fará, pensar, dirá, "amor quando é amor não definha”, se me tinhas amor, me tens amor, não se foi, não se acabou, é. foi doce, é  doce,  e sim, durou.  Mas me responda, diga sim, não. Não diga nada apenas ouça: silencio, veja meu peito arde, inflama, vivo morrendo, mas quero muito, muito mesmo viver! Se contigo sem-tigo, sou eu, tua menina, aqui, lá , sem ver ou tocar, tua menina.

segunda-feira, maio 09, 2011

domingo, maio 08, 2011

Ao meu "C" de amor


Sou grande, para ela pequenina. Sou tua pequena, menina, tua moça, mulher, não importa a idade, distancia, momento. Tua filha. Tens o amor, cuidado, carinho, que ninguém terá por mim. Quando triste, chorando, sorrindo, me olho no espelho, me vejo, vejo tua imagem, teus olhos, tua boca e mãos eu vejo. O melhor colo que há. Trouxe-me ao mundo com muita dor e mesmo assim ao me ver, tocar, sorriu. Um riso doce, amado, sofrido. Mãe, mamãe, mainha, sempre uma, somente uma, MINHA. Amiga, amor, minha vida. Te tenho nos olhos, no corpo, no jeito, um beijo mãe saudade! Estou aqui você me sorri, chora por mim, pra mim. Alimentou-me de ti, embalou, traduziu, ensinou, obrigada pelo que sou, o que não sou, o que serei.  Tu és raiz, meu caule, coluna, me sustenta, segura, és minha força, minha luz, verdade e caminho. Enquanto houver vida havéra, o meu amor, o teu amor. Meus passos, pés, me levam a ti. Não estou só, tu não estás só, te tenho aqui, te sinto aqui, bem perto, do lado de dentro, em mim, meu peito, coração. Dias assim me embolo, engasgo, voz falha, palavras fogem, lágrimas caem, me dê um abraço? Não tenho palavras. Presente em filmes, rabiscos, frases, jeitos. Ser filho. Um orgulho – ter você, MINHA MÃE. O que é ser filho ?
“ Ser filho é sentir falta daquela que é mãe, foi mãe, e que tantas vezes sentiu falta daquele que foi filho”

Tu, tu, tu...
ao meu "C" de amor, com amor, açúcar e afeto  .

sexta-feira, maio 06, 2011

-



Saudade da massa, do moço, do gosto de mel, céu, fel. 
Me perdi, perdi você, a voz, nós.
Sinta, 
seja, 
vibra que a leve brisa acalma,
e então eu rezo, te chamo: VEM, bagunça meu cabelo,  arrepia-me e me devora, 
vá embora! 
Já se foi? 
Posso ver, é  adeus !


terça-feira, maio 03, 2011

dia, mais dia amor


Domingo a domingo conversa, prosa, romance, calmaria, tédio. Viva, vidas, bem vindas e vividas; massageio meu ego, orgulhosa de mim, segura sobre ti, mais forte, mais viva, mais corada, me criei, cresci. Tô farta, tô forte, tô viva. Tenho amado tudo que me rodeia, cada pedaço de terra; céu, ar, mar – amar.No fim, enfim tudo parece estar tomando um rumo certo.  Certas pessoas, certas falas, momentos assim, noites assim não me esqueço, corro, logo escrevo. Capturada pela arapuca da paixão, vontades, cobaia, louca é verdade, amor prático, bipolar, bandido. Não digo, minto, omito, cai na tua teia, laço, nó atado. Jogo sem regra ou juiz, admitir, cuida bem de ti, cuida bem de mim.Um toque, me toque um gole e eu te direi.

segunda-feira, maio 02, 2011

sábado, abril 30, 2011

(...)



Aqui, ali, acolá, saudade é sempre saudade. Me pertence, te pertence, nos pertence. O aperto no peito, vontade do jeito, beijo, espelho-miragem, miragem é metade agora no espelho. Vazio no abraço, suspiro, soluços, afago, coisas pra perguntar, conhecer, agonias pra descartar. Dançar do olhar e de mãos seduzir.  Deixo-te partir, te trago junto de mim, em uma provocante despedida em que não se fecha a porta. Porta entre aberta sei que tu voltas, ou ao menos deveria voltar.
Teu dever, me fazer bem, transformar meu eu em nós, estarmos sós, sozinhos juntos, eu e você. Te encontro, no reencontro te conto que meus  contos mais belos, frases, pretextos são teus, ser tua, minha música, versos, meu silencio é teu.  Consinto que me tome em teu momento, desprendida de títulos que seja eu tua amiga, amante, teu anjo, pequena, tanto faz.   
Tive enjôo, náusea. Merda!  Meu lugar já não é meu, meus dedos vagos, cama vazia, meu perfume. Não há nós, nosso, não fui tua, tu não foste meu.   Te implorei, pedi, me ajuda a sentir, tua mão, estar em tuas mãos, teu cheiro, teu amor. No compasso da tua dança me perdi, dancei. Tu não sabes, não compreendes, não me vê, talvez nem me queira. 
Mas queira a saudade, a saudade é tão boa de se ter. Escreva, cante, chame, abra a porta, não seja covarde, não seja eu, fiz minha parte; _ chegue mais perto, dei meu passo , entre na minha dança , não importa o tempo, quero conhecer a ti, te seguir, vem cá, vem pra misturar, complicar, sabes que estou entregue a ti. Não. cansei, me feri, não vai dar., te reencontrar? Fora de mim, não tens mais o direito, amo-te afim, enfim é o fim , te deixo ir e de ti não espero, imploro, não quero mais nada, lembranças.

sexta-feira, abril 29, 2011

' Somos quem nos deixam ser




Talvez o maior trabalho de nossas vidas seja resgatar o que foi passado, deixado, não existe mais ; sentimentos, coisas, pessoas que viraram pó, poeira, viraram nada. Construir castelos, pontes, barreiras.  Uniformizar-se, pintar o rosto, esconder quem  é, entortar e endireitar. Fomos, somos e nos deixamos ser moldados de acordo com as conveniências do outro. Nosso foco foi tirado de nós mesmos, dos nossos sentimentos, de nossas relações e pessoas; foi direcionado, imposto a aquilo que está fora de nós, o externo, a aparência, a mentira , ao interesse “deles” a minha ILUSÃO.
Somos quem nos deixam ser.

quarta-feira, abril 27, 2011

(...) uma pitada de verdade, poesia e fantasia;



"Ela vagava de um lado pro outro em seu quarto que naquele instante lhe parecia minúsculo e um calabouço das palavras que soltava displicente. Estava tonta de tanto pensar e girar por dentro de suas entranhas e labirintos.Desaba de bruços na cama, seu melhor colo, e quem mais lhe entendia. Passa rapidamente a vista pelo quarto e repara a bagunça em sua volta. A garrafa de vinho vazia caída no canto, folhas rabiscadas sobre o travesseiro, fotos cravadas no chão, peças de roupas que havia separado para aquela noite e a ardência daquilo que permitia fluir em sua mente.

 Que não sossegava. Só cegava.

A moça segue assim, enquanto carne e somente corpo, ela esquenta. É nos movimentos e em tais sensações que encontrava um prazer impulsivo e desenfreado. Ela ferve para ser consumida, atendida e para queimar. É tomada por esse sentimento que ama tanto que o teme.

E fantasia, fantasia, fantasia...

Acabou caindo no compasso do sono pesado de quem álcool de sobra nas veias. De quem se esqueceu de desligar o som de fundo que tocava um jazz envolvente, repetindo e suplicando “Ne Me Quitte Pas”".

Por: Natana 

domingo, abril 24, 2011

Esteja eu, seja meu


Além de tudo, por tudo, estou sempre contigo, a espera do sim, do não, do talvez, quero agora, depois, amanhã, nunca mais; me tome em teus braços, me cuida, me acolha, seja meu, seja mais eu . Quero teu corpo, teu carinho, tua proteção, dê tudo de si, dê teu sangue, tua vida, teu afeto. Me ama! Minha vida tão vazia tão bela clama por ti, saudades tuas, vontade tua. Eu quero que você me ame,ordeno que tu me ames, ame como amigo, amante, teu vicio, ame o que há em mim, o que está além de mim, “eternamente, infinitamente dentro de mim me envolvendo, me decifrando, me consumindo, me revelando...” Me dê tua mão, junte teu corpo ao meu, esteja eu , seu pensamento, palavras, sonhos, esteja em mim. Sem você sou só. Só palavras, frases, letras, textos, pedra, frio e mais nada.

terça-feira, abril 19, 2011

Bebo da tua fonte ...


      


     Bebo das duas dúvidas, me dou a tua causa; herdo tua calma enfim, permaneço no centro da tua alma, que me alivia, me acalma, enquanto estás aqui; nos meus olhos, na minha boca, na minha vida.

domingo, abril 17, 2011

A dor que hoje me doeu



A dor de estar longe torna-se ao menos suportável, quando é lembrado que ao regressar encontraremos os velhos, amados e loucos amigos. Em minha memória guardo todos os momentos vividos com vocês amigos e nos olhos meus carrego a esperança do que ainda iremos viver! 

sábado, abril 16, 2011

Reflections of a Skyline


 (...) E me perguntar quem você é, mas te aceitar do mesmo jeito.

Sobre você e sua vinda


A cada volta tua eu me desfaço,  revelo, eu desabo, te prendo,  mas em seguida me despeço, sempre. Sorrio das tuas mentiras, acredito nas meias verdades.Você pisoteia meu coração, se aproveita da falta, eu não o nego, o aceito, o desejo, não resisto e me entrego! Te xingo, me odeio, te odeio, te amo, te espero.

' a decima letra do alfabeto ;



Andei espalhando muito sorriso à toa pra ver se um deles prendia em mim o sorriso de outro alguém. Não funcionou. Dancei, vesti mil fantasias, pintei meu nariz, sonhei, me despedacei, e veja onde hoje eu estou. Esperei tanto tempo, talvez muitos janeiros, ninguém apareceu. Ai assim do nada, ao acaso, pintado em minha página me vem você. Me vem você, o menino das palavras repetidas, atrevido, das belas letras de música. Amigo do peito, o homem dos defeitos.  Me vem você com olhos mais lindos que refletem nos meus algo bom que eu não saberia explicar. Você ao longe toca a minha mão.
... talvez do outro lado da tela e mesmo assim eu sinto, e mesmo assim você me prova que não estou e nem vou ficar mais sozinha nessa confusão que somos nós. Dentro dos nossos submundos, dentro dos nossos sonhos, dentro das nossas mentes sem raízes, dentro de mim. Ao longe , te desenho, te escrevo , te imagino, sei que vou te ver, penso que vou te ter, e “o que tem de ser, tem muita força”.

“Quando você vier haverá o encontro da sua busca com a minha espera. E o seu abraço será a moldura do meu corpo. E a minha boca o pretexto para o seu mais demorado beijo".
Marla de Queiroz

 

sexta-feira, abril 15, 2011

' Diálogo entre mim e eu



- Olá! Será que você poderia me ajudar com a minha mala?
- Mas o que há?
- Ela está um pouco pesada, são muitos volumes, cheguei ao excesso, eu tenho essa mania de carregar tudo comigo, sempre pagando um extra por eles; falando assim pareço ter até muita coisa num é?
- Você está se mudando?
- Se estou de mudança?
Ah, não, não. Só fugindo, vou viajar. Espero uma viagem longa.
Ainda bem que quando revistam malas não vêem os “interiores” não é? Eles olham apenas superficialmente, é como achar que com um ou dois encontros você conhece alguém.
... É eu sei foi uma comparação infeliz, mas precisa.
Se eu escondo algo ilegal? Que isso, claro que não trago nada ilegal, eu sou certinha, correta, até correta demais, meio chata, ou muito chata, entende?
Nunca precisou que mandasse em mim, eu sempre soube meu lugar, que horas voltar pra casa, sempre procurar alguém que agradasse aos meus pais, um alguém ideal, não passar noites em claro e no final ser alguém que tem o menos o que contar.
Pensando bem poderia colocar um pouco mais de transgressão ai dentro da minha mala, só pra dar uma agitada. Aventuras, impulsos, adrenalina. Deve ser bom cometê-los, ouvir o coração acelerar, a consciência doer e querer fazer tudo outra vez. Assusto-te com isso?
- Um pouco.
- Mas não se preocupe, não há nada disso ai dentro;
- Então o que você carrega tanto, o que pesa assim?
- Apenas sonhos que não realizei, covardia, desejos guardados nos bolsos do fundo, uns amores esquecidos ou reprimidos e mais algumas recordações amarrotadas, amontoadas. Acredite essa é a parte leve. Pergunte-me então o porquê de tanta bagagem e eu responderia: Pra caber o vazio e a solidão.
Nunca consegui dobrá-la pra ocupar espaços pequenos, muito menos deixá-la de fora; a egoísta nunca quer o fundo da mala, continua no centro, sufocando tudo que é guardado em volta. Depois de tão amarrotada pela solidão, nenhuma das outras coisas desejam sair, temem. Mas tudo bem pode deixá-las aqui mesmo, ou em qualquer lugar. Nunca houve quem se importasse em me ajudar a colocá-las em outro lugar; Admito. É muito você me ajudar a carregá-las , muito obrigada !

domingo, abril 10, 2011

Adeus


Mais triste do que ir embora, cortar os laços e deixar tudo pra trás, é saber que ninguém virá atrás de você , te pedir pra ficar e definitivamente  atar um nó. 

Seus olhos

      


Os olhos revelam mais de você do que sua própria boca.  E os seus, o que me revelam?   A verdade é que seus olhos são uma incógnita, não me revelam o que eles enxergam e o que querem, mas para que tanto mistério? Eu venho tentando dia-a-dia revelar o que há por trás de seus olhares, e de longe enxergar a tua verdade. 

 Matheus Santana                                               
    

sábado, abril 09, 2011

' Crescer e aceitar



Não peço mais nada, não peço por mais atenção, mais carinho ou mais amor. Fiz uso da força,  literatura e dos seus instrumentos pra te alcançar. Parei.   Não me vejo no direito de usá-las.
Sonho, imagino, idealizo frases e momentos, me preocupo com as distâncias. Quando acordo quero contar seus passos e tento adivinhar onde estará você, se pensa em mim, se ainda existe um querer. Acordo pra o mundo real e percebo que não consigo adivinhar, prever, calcular, não é um jogo de palavras ou dicas que eu sempre soube jogar. Enfim vamos partir pra metodologia da aceitação. Aceitar o que não posso decidir, interferir, prorrogar, controlar. Não tenho super poderes, não sou a mulher maravilha enviada ao mundo dos homens  para que pudesse levar a paz, não tenho o seu laço para que me digam a verdade, não tenho a sua força ou resistência física, não possuo um bracelete mágico que desvie os tiros, as flechadas. Sou irreversivelmente mortal, vulnerável, um tombo e terei traumas, arranhões e cicatrizes.

Disseram que eu só cresceria se eu soubesse aceitar,
que nada é certo nessa vida é preciso mais que conformar

sexta-feira, abril 01, 2011

In - visível



Tentando não incomodar, chatear ninguém eu fico neutra. Fecho os olhos, tento não pensar,  não falar e não ouvir. Invisível, principalmente para o teu olhar! Me deixe solta, me deixe  assim, isso passa, ou não.

Adoecer


O que é a doença, se não um mal estar geral? Sente-se o corpo dolorido, surrado, logo em seguida perturbações psíquicas, emocionais e conseqüentemente sociais, pois fico quieta, calada, com sono para trocas, abusos e compaixão. Precisamos de cuidado, precisa-se de cuidados, mas só há um tipo de cuidado que eu aceito .

quinta-feira, março 31, 2011

Enfim Fim ...




Penso como é assustador o que acontece com as pessoas, seus relacionamentos e, por conseguinte, seus finais. Um dia sol, no outro chuva, num minuto paz, no outro guerra, tratamos de um caso bipolar? É verdade, a vida tem desses opostos e o pior de tudo é que quando você grita aos quatro cantos do mundo que não irá voltar a sofrer novamente "com" ou por esse alguém e não cumpre a palavra, você perde toda a sua credibilidade.  Mas afinal quem liga ? Para quem você prometeu se não para si mesmo? Ainda que doa deixar algumas pessoas morrerem no momento em que deveriam mesmo morrer,  se agarrar a elas, forçar a barra é viver mal assombrado.

quarta-feira, março 30, 2011

Between the wanting and not


                  
Encantamento não é paixão, mas faz estrago do mesmo jeito. Como se dá a entrega de estar apaixonado? Há alguns dias atrás imaginei como seria se... Esse “se”. Não sou mais mulher de suposições, sinceramente nunca gostei de ouvir suposições, um talvez, sempre preferi a certeza do não, ainda que quisesse o “sim”. Caio em contradição, pois da mesma forma que eu odeio ouvir eu adoro dizê-lo. Pus-me a pensar e percebi que você nunca me deu certezas, ou será que eu nunca tive certezas sobre você? Confesso que fujo com facilidade, você certamente já percebeu. Sou covardemente forte, mas aparentemente você tem mais força. Dizem que a força vem da fraqueza, venho aprendendo a lição. Minha vida é uma busca incessante, dizem que o que movimenta o homem é a procura do que lhes falta, eis o motivo que tantos continuam a viver. O que me faltava era amor, cuidado, alguém pra gostar, pra cuidar, pra viver. Digo que eu gosto, e se gosto, gosto porque gostar não faz sentindo, e ainda que eu não saiba quem realmente és, sei que é mais importante entender para quê estamos juntos e não o por quê de estarmos ( se é que estamos). Não te imploro nem te peço juras de amor,  não peço pra morar contigo ou casamento, acho que somos crescidos e o tempo dirá isso por nós (ou não). Sou calma o suficiente para que haja espera, calma o suficiente por nós dois. Quero apenas ter você ao alcance das mãos, da voz, do abraço, dos olhos para trocarmos olhares. Sempre quis muito mais que atenção, abraço, cafuné e beijos, tantos beijos que me deixassem sem ar, sem fôlego, sem chão, sem forças. Não me prive de partilhar o teu riso porque você tem medo de chorar depois. Me tenha, me mostre sinceridade. Não me faça pagar por algo que aconteceu e te fez mal. Eu sei que você tem medo, eu percebo que você foge e isso lembra a mim. Não deixe que os nossos destroços interfiram num futuro possível. Minta, não fique calado, você me deixa louca quando fica quieto. Eu quero atitude, novidade, intensidade, eu quero você comigo. Não deixe que as tentativas se percam, não deixe isso virar poeira, virar nada. “Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor, chegue mais perto”.

terça-feira, março 29, 2011

Sobre uma máscara e eu .


          


 Não é desânimo, muito menos falta de força de vontade meu bem, eu apenas tenho a sensação constante de está nadando contra a maré. Preciso ser autoconfiante, acreditar mais em mim, acreditar que sou capaz, que eu consigo. Procuro sempre não me abater e sempre distinguir as coisas, nunca fui de pensar que porque alguém me estendeu a mão estaria do meu lado para sempre, mas é claro, existiram pessoas que me fizeram contradizer e aquelas que eu quis ter para sempre por perto, não consegui, talvez tenha sido meu jeito, minha vida, meu modo de gostar. Sempre fui mestre na arte de não demonstrar, acabei me tornando exemplo de relacionamentos mal sucedidos, alguém sem coração, mas asseguro a vocês quem mais sente está aqui. Sempre achei que quando a gente se apega as coisas acaba estragando tudo, talvez nunca tenha aceitado o fato de precisar. Mas já faz um bom tempo que isso perdeu a graça, que eu perdi minha credibilidade e acreditem é difícil não conseguir fingir. Acho que já não tenho os mesmos sentimentos, os mesmos planos, o mesmo coração. Para mim, fugir de algo ou desistir não é sinal de fraqueza, é como se essa falta de coragem, de atitude fosse recompensada com algo positivo como uma grande força, a força precisa para suportar as conseqüências das vezes que eu não soube  me impor, só não sei dizer se isso é bom!

domingo, março 27, 2011

Ninho de amor



Naquele momento eu era apenas um estranho no ninho, ninho de bem criados, bem amados, sujeitos distintos, mas todos compostos de um afeto imensurável, o amor. 

sexta-feira, março 25, 2011

Jogo e conquista



Com muita timidez, quebrando o orgulho em dizer, ela assumiu.  Assumiu que sentiu o calor do corpo dele, das suas mãos, e quando ele lhe tocou a cintura e olhou em seus olhos ela viu um brilho no olhar que traduzia o seu querer. Naquele momento a moça não estava interessada, seus olhos vagavam a procura de alguém, um alguém que nunca chegou e nunca chegaria.  Ainda covardemente aceitou o aconchego dos braços daquele rapaz, gostou da sua voz e do jeito que ela o sentia. Era noite, frio, música, e a conversa tornara-se longa. Estar em uma companhia agradável naquele momento era tudo que desejara,  a conversa  deixou-a mais à vontade e entre o conversar tímido, desvio de olhos cheios de verdades, o juntar dos corpos afastados por uma distância invisível, o entrelaçar dos dedos conectados a energia fluente que havia,  ela rendeu-se a uma “ultima tentativa” . O rapaz entrou no seu jogo e a ganhou. Com um pouco de álcool e de afeto ela sentiu-se mais a vontade aquela noite. Digo-lhes foi preciso tão pouco para que aquele rapaz obtivesse um sorriso sincero, a olhou por cinco segundos e ela então sorriu.