terça-feira, outubro 16, 2012

Diante de ser

            

      Vejo-me no lugar sem fim de mim. Ora, talvez agora, não amanhã eu devo olhar para a minha vida, fazer um esforço e contornar os danos. Digo diante da felicidade e simplicidade que tive: _ o sorriso do retrato antigo já não salva a nova moldura. Por quais vias, quais ruas, quais pessoas e angústias tudo isso se perdeu, onde está o grito, o riso alto, o movimento do corpo ao som da música de merda. Que pessoa estou sendo, onde tenho pisado? Tentarei explicar a mim próprio como cheguei aqui, mas talvez eu só precise ir ou ficar, ou ir e descansar o coração, para amenizar o desassossego de todo dia. Vida brilha sua luz em meu caminho que eu quero seguir diante da paz e serenidade de ser.