domingo, dezembro 15, 2013

Contigo



Contigo o riso é fácil, dia leve, bom abraço
Contigo o tempo voa, vida corre, seguimos livres e sorrindo
Contigo é carinho, cuidado, compromisso e confissão. E por falar em confissão tenho uma a fazer:
 __ eu rio contigo, mesmo quando você não está comigo.

terça-feira, setembro 17, 2013

As margens de ti


Chorei tudo que havia prometido não chorar.
Lavei com lágrimas as dores que pensei não sentir.
Bastava-me ouvir falar, pensar em sinais, sintomas,
mas não,
de acordo com a vida é preciso sentir.
No mais, sinto isso,
sinto muito,
sinto por mim, por você, por um nós incumbido de dúvidas que havia.
Não me peça para insistir, pois a dor ensina a seguir,
não importando pra que lado,
apenas EU segui.

domingo, setembro 15, 2013

do mar ao amar.



Mar aberto, barco sem rumo, sem remos ou velas. Quem haverá de navegar, a procura de um cais, de um porto, outro corpo seguro como o teu. Não mais interessa, sigo novos ventos, imprimo novos rumos. Silencio ao mar, em um mar morto onde estará um outro como eu a se enganar- amar, não ei de amar, és um porto perdido. No mais, fujo das águas passadas e salto do barco ao mesmo tempo que lanço a âncora, ir - partir, ficar, saltar. Saltei, e agora não há mais o sal das lágrimas, agora só sal do mar, sol no céu, clarão da cor e das ideias. É melhor afogar-se no percurso, do que chegar no destino sozinho e sangrando afogado em dor.

sexta-feira, setembro 06, 2013

Ao som do Phill



O dia clareou lá fora num instante, é setembro e até do teu gosto – agosto me esqueci. Agora mantenho os pés no chão, sem planos de voar tão cedo, voar em outros ares, bares, braços, ruas. Paro, Stop – estou. Piso no concreto, vivo do real e sigo o sentido do meu engano que, foi fingir não sentir nada. Rendo-me a uma outra direção. Foi me enganando que encontrei um sujeito, com ele busquei o gozo e vivi os mais divertidos instantes. Diante do tempo, agora sou medo, ajo como se ele fosse o primeiro, sinto-me incapaz de cuidar, ser bonita, sábia, simples e do futuro, só sei perdê-lo.



terça-feira, agosto 13, 2013

Saudade


Meu nome ultimamente tem sido saudade. Saudade das pessoas que não vejo mais, daquelas que vejo mas já não estão tão "perto"; Saudade de coisas que vivi, coisas que pensei ou desejei ter vivido; Saudade das melhores conversas que haviam; Saudade das festas que frequentei, das musicas que curti, das vezes que dancei; Saudade de sorrir ao pé da calçada, noites estreladas nas ruas, luzes, som, vida; Saudade da risada gostosa e amiga; Saudade de tudo que marcou a minha vida, do passado e de muitos planos futuros que já desfiz; Saudade de um antigo eu, de um outro caminho, e mesmo diante de tudo isso, da angustia de sentir e ser saudade, ainda concordo com alguém ao dizer: _ "Ter saudade é melhor do que caminhar vazio".

domingo, agosto 04, 2013

Sentidos



A surdez e a cegueira perante os sentidos, que me impossibilitaram perceber coisas diante de ti embriagados de tanto amor, assim como o a água fria que lava a temperatura do corpo, tal atitude clarificou que diante de ti apenas existo como um ser sem sentido, oprimido. 

O que te mata?



Do nada numa esquina, mesa da cozinha ou mesa de bar surge uma pergunta, o que te mata? Cigarro mata – não fumo, bebida mata – digamos que quase não bebo. Drogas, solidão, depressão, saudade, atire e eu morro. Morro e mato amores, infelicidade, vazio, e ao passo que mata, revive a esperança de paz e sossego que tanto preciso, acalma meu coração, alívio no peito. Mas o que te mata? O que me mata são as coisas não feitas, não ditas, perdidas, burrices repetitivamente repetidas. Mata-me ser a idiota que fui e o amor próprio que me neguei. Mata-me a idade, a maturidade que não assumi. E com a morte de tantas coisas vivas a identidade não de identifica, apenas – morre. 

segunda-feira, julho 22, 2013

de um gole só, um copo


Nos bares os copos estão cheios, matando a sede de corações mortos e de almas vazias, aquecendo corpos marcados por fatos de um passado mal resolvido.  Bebidas saciam  a sede de bocas maldosas de onde saem mentiras sinceras que agradam a todos. Santa sinceridade esta que pedimos,  a mentira nos agrada, ilude-nos, afoga-nos. Isto: nos afogamos em mágoas. Afogamos a pessoa que nos encantou e morreu com o passar do tempo, secaram-se os olhos que brilhavam e petrificou-se o coração que  faltava saltar do peito ao sentir um cheiro, um jeito único que foi só teu.  

domingo, julho 21, 2013

Olhar


Você me olhou com um olhar desatento, isento de qualquer querer, quis te perguntar porque então não me olhara apaixonadamente, mas não o fiz, temi. Temi a morte do meu amor, temor a tua resposta, temi sentir-me tola, boba, ingênua menina. Mas quais argumentos você poderia me oferecer, se só com o timbre da tua voz rouca, sentir-me-ia estremecer.

terça-feira, julho 16, 2013

Quanto?



Em tudo como que um todo, sou tua quando te tenho.
Sou um todo quando sou tua, com as partes que tu me doa.
Quanto custa você se doar ?

segunda-feira, julho 15, 2013

A te, se assim sim disser.


Teu olhar de lente minha mente oculta, horas ficam vagas, mão atadas, suor nos dedos. Digo uma sílaba por vez até que fico muda. Mudo ao teu lado, esqueço passado, penso histórias futuras. Futuro homem do meu presente; amado em mente, alma, corpo, coração. Quanta ilusão eu crio, ilusão de ótica, óptica, só para ter você. Entre zumbidos, sussurros, gritos sem fôlego e aflito eu digo, sou eu, sou ela e posso ser tua, se assim quiser, se assim sim disser, tua.

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

evoluIR



Digo haja paciência, haja paz, haja coragem de olhar nos olhos e dizer o que precisa ser dito, haja percepção para com o certo e o errado, encontre-se. Localize-se no tempo no espaço, saiba que você não é o centro das atenções, que o mundo não gira a tua volta e as pessoas não podem viver em função de você, de te agradar, de te mostrar qual caminho seguir. Cresça, recrie-se, faça o bem, há muitas pessoas que precisam de você. Seja tua idade, seja ela em números, em anos.  Aprenda com os erros. Saia da preguiça, do comodismo, do “estou bem assim” e “isto é o que sou”.  E se não for por você, faça por mim, por ele, por ela, por nós, por vós, por tantos outros. Pois, se ter um corpo avantajado, voz grossa, força no grito e na mão, praticar artes de todos os tipos representa a evolução, o crescer de menino (a), para homem (mulher)...
Para ser sincera, eu definitivamente não vejo vantagem na tua suposta evolução.

sexta-feira, janeiro 04, 2013

Da linha conversas atemporais




Como é fácil e passageiro tudo aquilo de trágico a que o tempo e espaço impõem a vida de outro. Quer dizer, você ouve os relatos, calcula a dor, propõe soluções- “se fosse eu”, mas não adianta, no corpo do outro houve cegueira e surdez e o que permanece é só o sentimento, o vazio, pois entre todas as coisas, tantas não são doces como devem ser. E de fato, jamais conseguiremos reter a dor do outro,  o êxtase  do primeiro momento de medo e aflição daqueles dias em que se pode enxergar além do que é visto, sentido e vívido; além do que é breu, do que é morte, além do que faz falta, além do que é sentir-se só e afundando.