segunda-feira, julho 22, 2013

de um gole só, um copo


Nos bares os copos estão cheios, matando a sede de corações mortos e de almas vazias, aquecendo corpos marcados por fatos de um passado mal resolvido.  Bebidas saciam  a sede de bocas maldosas de onde saem mentiras sinceras que agradam a todos. Santa sinceridade esta que pedimos,  a mentira nos agrada, ilude-nos, afoga-nos. Isto: nos afogamos em mágoas. Afogamos a pessoa que nos encantou e morreu com o passar do tempo, secaram-se os olhos que brilhavam e petrificou-se o coração que  faltava saltar do peito ao sentir um cheiro, um jeito único que foi só teu.  

domingo, julho 21, 2013

Olhar


Você me olhou com um olhar desatento, isento de qualquer querer, quis te perguntar porque então não me olhara apaixonadamente, mas não o fiz, temi. Temi a morte do meu amor, temor a tua resposta, temi sentir-me tola, boba, ingênua menina. Mas quais argumentos você poderia me oferecer, se só com o timbre da tua voz rouca, sentir-me-ia estremecer.

terça-feira, julho 16, 2013

Quanto?



Em tudo como que um todo, sou tua quando te tenho.
Sou um todo quando sou tua, com as partes que tu me doa.
Quanto custa você se doar ?

segunda-feira, julho 15, 2013

A te, se assim sim disser.


Teu olhar de lente minha mente oculta, horas ficam vagas, mão atadas, suor nos dedos. Digo uma sílaba por vez até que fico muda. Mudo ao teu lado, esqueço passado, penso histórias futuras. Futuro homem do meu presente; amado em mente, alma, corpo, coração. Quanta ilusão eu crio, ilusão de ótica, óptica, só para ter você. Entre zumbidos, sussurros, gritos sem fôlego e aflito eu digo, sou eu, sou ela e posso ser tua, se assim quiser, se assim sim disser, tua.