terça-feira, setembro 17, 2013

As margens de ti


Chorei tudo que havia prometido não chorar.
Lavei com lágrimas as dores que pensei não sentir.
Bastava-me ouvir falar, pensar em sinais, sintomas,
mas não,
de acordo com a vida é preciso sentir.
No mais, sinto isso,
sinto muito,
sinto por mim, por você, por um nós incumbido de dúvidas que havia.
Não me peça para insistir, pois a dor ensina a seguir,
não importando pra que lado,
apenas EU segui.

domingo, setembro 15, 2013

do mar ao amar.



Mar aberto, barco sem rumo, sem remos ou velas. Quem haverá de navegar, a procura de um cais, de um porto, outro corpo seguro como o teu. Não mais interessa, sigo novos ventos, imprimo novos rumos. Silencio ao mar, em um mar morto onde estará um outro como eu a se enganar- amar, não ei de amar, és um porto perdido. No mais, fujo das águas passadas e salto do barco ao mesmo tempo que lanço a âncora, ir - partir, ficar, saltar. Saltei, e agora não há mais o sal das lágrimas, agora só sal do mar, sol no céu, clarão da cor e das ideias. É melhor afogar-se no percurso, do que chegar no destino sozinho e sangrando afogado em dor.

sexta-feira, setembro 06, 2013

Ao som do Phill



O dia clareou lá fora num instante, é setembro e até do teu gosto – agosto me esqueci. Agora mantenho os pés no chão, sem planos de voar tão cedo, voar em outros ares, bares, braços, ruas. Paro, Stop – estou. Piso no concreto, vivo do real e sigo o sentido do meu engano que, foi fingir não sentir nada. Rendo-me a uma outra direção. Foi me enganando que encontrei um sujeito, com ele busquei o gozo e vivi os mais divertidos instantes. Diante do tempo, agora sou medo, ajo como se ele fosse o primeiro, sinto-me incapaz de cuidar, ser bonita, sábia, simples e do futuro, só sei perdê-lo.