Mar aberto, barco sem rumo, sem remos ou
velas. Quem haverá de navegar, a procura de um cais, de um porto, outro corpo
seguro como o teu. Não mais interessa, sigo novos ventos, imprimo novos rumos. Silencio
ao mar, em um mar morto onde estará um outro como eu a se enganar- amar, não ei
de amar, és um porto perdido. No mais, fujo das águas passadas e salto do barco
ao mesmo tempo que lanço a âncora, ir - partir, ficar, saltar. Saltei, e agora não
há mais o sal das lágrimas, agora só sal do mar, sol no céu, clarão da cor e
das ideias. É melhor afogar-se no percurso, do que chegar no destino sozinho e
sangrando afogado em dor.
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