Do nada numa esquina, mesa da cozinha ou mesa de bar surge
uma pergunta, o que te mata? Cigarro mata – não fumo, bebida mata – digamos que
quase não bebo. Drogas, solidão, depressão, saudade, atire e eu morro. Morro e
mato amores, infelicidade, vazio, e ao passo que mata, revive a esperança de
paz e sossego que tanto preciso, acalma meu coração, alívio no peito. Mas o que
te mata? O que me mata são as coisas não feitas, não ditas, perdidas, burrices
repetitivamente repetidas. Mata-me ser a idiota que fui e o amor próprio que me
neguei. Mata-me a idade, a maturidade que não assumi. E com a morte de tantas
coisas vivas a identidade não de identifica, apenas – morre.
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