sábado, abril 30, 2011

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Aqui, ali, acolá, saudade é sempre saudade. Me pertence, te pertence, nos pertence. O aperto no peito, vontade do jeito, beijo, espelho-miragem, miragem é metade agora no espelho. Vazio no abraço, suspiro, soluços, afago, coisas pra perguntar, conhecer, agonias pra descartar. Dançar do olhar e de mãos seduzir.  Deixo-te partir, te trago junto de mim, em uma provocante despedida em que não se fecha a porta. Porta entre aberta sei que tu voltas, ou ao menos deveria voltar.
Teu dever, me fazer bem, transformar meu eu em nós, estarmos sós, sozinhos juntos, eu e você. Te encontro, no reencontro te conto que meus  contos mais belos, frases, pretextos são teus, ser tua, minha música, versos, meu silencio é teu.  Consinto que me tome em teu momento, desprendida de títulos que seja eu tua amiga, amante, teu anjo, pequena, tanto faz.   
Tive enjôo, náusea. Merda!  Meu lugar já não é meu, meus dedos vagos, cama vazia, meu perfume. Não há nós, nosso, não fui tua, tu não foste meu.   Te implorei, pedi, me ajuda a sentir, tua mão, estar em tuas mãos, teu cheiro, teu amor. No compasso da tua dança me perdi, dancei. Tu não sabes, não compreendes, não me vê, talvez nem me queira. 
Mas queira a saudade, a saudade é tão boa de se ter. Escreva, cante, chame, abra a porta, não seja covarde, não seja eu, fiz minha parte; _ chegue mais perto, dei meu passo , entre na minha dança , não importa o tempo, quero conhecer a ti, te seguir, vem cá, vem pra misturar, complicar, sabes que estou entregue a ti. Não. cansei, me feri, não vai dar., te reencontrar? Fora de mim, não tens mais o direito, amo-te afim, enfim é o fim , te deixo ir e de ti não espero, imploro, não quero mais nada, lembranças.

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