sexta-feira, março 18, 2011

Escritos da velha agenda rasgada



Com muita preguiça quando ela chega em casa tira a roupa e se atira na cama, não se importa com a bagunça e se joga no colchão. Quase sempre de mau humor não há ninguém que faça carinho, não há ninguém cuja presença a faça alegrar. Tranca-se no banheiro,  olha-se no espelho repara seu cansaço  através das olheiras e rugas, e recorda o tempo que passou, muda o penteado, põe um salto alto e pergunta-se sobre tantos porquês. Perde a hora. Marca no calendário velho mais um dia vivido desejando fervorosamente que este fosse o ultimo. Olha a janela, mas não vê luzes ou sons, deita,  e dorme com fone de ouvido, por medo do silencio que o escuro traz.

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